terça-feira, 30 de abril de 2013

Quando uma pessoa mais velha se casa com alguem bem mais jovem...

PARTICIPANTE PERGUNTA:   você poderia dizer algo sobre as chances de um relacionamento, no qual um homem mais velho não deseja mais filhos, porque já tem alguns, e a parceira mais jovem deseja te-los?

BERT HELINGER: Essa é uma situação típica. Um homem, que tem seu futuro ás suas costas, casa se com uma mulher que tem o futuro a sua frente. Na maioria das vezes isso não dá certo.

     Quando um homem mais velho  casa-se com uma mulher consideravelmente mais jovem, ENTÃO ESTÁ CASANDO COM SUA MÃE. A mulher jovem não representa sua mulher, mas sim sua mãe. Do mesmo modo, a mulher muito mais velha. Um relacionamento entre pessoas da mesma idade, naturalmente dentro de certos limites. 
Uma mulher que se casa com um homem mais jovem, deve contar com a possibilidade de que ele a deixará. Pelo contrário, a mulher mais jovem mantém-se com o homem mais velho. Isso é mera observação.  

quarta-feira, 24 de abril de 2013

UMA ABORDAGEM FENOMENOLÓGICA PARA RESOLUÇÃO DE CONFLITOS


A Constelação Familiar

Breve Introdução





Trata-se de uma abordagem fenomenológica terapêutica fundamentada nas descobertas do alemão Bert Hellinger.


Na terapia familiar sistêmica, trata-se de averiguar se, no sistema familiar ampliado existe alguém que esteja emaranhado nos destinos, escolhas, crenças, de membros anteriores desta família. Isto pode ser trazido à luz por meio do trabalho com as Constelações Familiares. Trazendo-se a luz os emaranhamentos, a pessoa consegue se libertar mais facilmente deles – ela passa a ter consciência do que age no seu sistema e a ter a opção da escolha sobre seu próprio destino.

Há uma dinâmica silenciosa e sutil atuando sobre todo sistema familiar, em sua história, em seus acontecimentos, em sua cultura e linguagem própria. Tal dinâmica atua sobre todo e qualquer sistema, e segue leis próprias as quais Bert Hellinger observou em seu trabalho empírico fenomenológico. Hellinger então diferenciou e apontou as leis que atuam sobre o sistema familiar e iniciou diversas reflexões expostas em seus diversos livros publicados mundialmente. Quando tais leis dinâmicas são desobedecidas, ignorada ou rompidas, geram maior “pressão”, “peso”, “tensão” sobre o sistema, sobrecarregando as relações dos membros internos ao mesmo. Tal tensão pode recair mais sobre um membro específico do sistema, adoecendo-o ou conduzindo a um tipo de escolha, crença, postura e/ou comportamento. Na constelação familiar, se olha para este sistema e para a posição e postura de cada membro e como tais interagem sobre e entre si – buscando, por meio de gestos, reposicionamentos e falas, alcançar a leveza e ordem, perdida no sistema.

Da mesma maneira como esta abordagem terapêutica tem trazido luz aos relacionamentos familiares, também tem sido útil para empresas e organizações, que por representarem um grupo organizado de pessoas, tornam-se um sistema. Por meio das constelações organizacionais se tornam visíveis soluções para um sistema com “problemas”.

Procura-se então, no sistema soluções que incluem e levem adiante. A solução inclui a ordem, aonde cada qual tem seu devido lugar, aonde sente-se bem, aonde sente-se leve. Caso alguém não se sinta bem em seu lugar, então, via de regra, relacionamentos internos ou particulares precisam ser esclarecidos. Este esclarecimento pode ocorrer durante o trabalho de constelação sistêmica organizacional.

Alguns dos temas que comumente são abordados pelos constelandos/clientes em uma sessão individual ou workshop:

• Relacionamentos com familiares (pai, mãe, marido/esposa, filhos, avós, tios);

• Acontecimentos familiares marcantes (adoções, perdas, doenças psiquiátricas, mortes precoces, assassinatos, suicídio, abortos, entre outros);

• Relacionamento interpessoal (sexualidade, amantes, parceiros amorosos e sexuais, amigos, colegas);

• Problemas de saúde (dores crônicas, obesidade, depressão, câncer, problemas cardíacos);

• Envolvimentos com drogas, alcoolismo, tabagismo;

• Conflitos profissionais com chefes, colegas, empresas;

• Questões empresariais e administrativas (abertura de empresa; fracasso X sucesso; perda financeira; dificuldades na liderança; mudanças de carreira; recolocação profissional).

Numa constelação familiar pode-se participar como cliente (constelando) que leva um tema especifico para constelar, como representante que esta a disposição para ocupar um lugar na dinâmica do sistema constelado, ou como simples observador.

Tais posições em si já trazem alguns benefícios, entre os quais destaca-se:

Como constelando: a colocação de um tema ou situação específica gera um movimento interno da parte dos representantes que desvenda e traz à luz uma dinâmica desconhecida desencadeando (junto do cliente) um processo de cura.
Como representante: ser escolhido como representante leva à vivência de situações que causam diversas associações e percepções de semelhanças com o sistema da pessoa escolhida, desencadeando um processo de cura;
Como observador: o simples fato de estar presente e observar o trabalho desenvolvido pode desencadear um processo de cura;

A abordagem apresenta uma vasta gama de aplicações práticas e devido aos seus efeitos esclarecedores no campo das relações humanas promove entre outros:
• Melhoria das relações familiares;
• Melhoria das relações interpessoais nas empresas;
• Melhoria das relações no ambiente educacional.

Referencia Bibliográfica

Bert Hellinger ; Gabriele ten Hovel: Constelações familiares – o reconhecimento das ordens do amor. Editora Cultrix, São Paulo, 2001
Bert Hellinger: No centro sentimos leveza. Editora Cultrix, São Paulo, 2006

quinta-feira, 18 de abril de 2013

domingo, 14 de abril de 2013



O trabalho com as constelações familiares é sempre surpreendente. Vemos dramas humanos expostos de maneira clara e percebemos como nossa consciência estabelece limites estreitos durante uma vida inteira.
Aquilo que chamamos de consciência moral tem bem pouco a ver com uma consciência que esteja de acordo com princípios divinos. Hellnger percebeu que existe nos grupos (nações, comunidades, famílias) uma espécie de consciência primitiva que atua sem que seja percebida conscientemente. É uma consciência inconsciente e só conseguimos perceber sua presença e atuação pelas consequências.
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Existem, segundo Hellinger, 3 tipos de consciência: pessoal, a coletiva e a espiritual. Explicarei um pouco melhor o que significam.
A consciência pessoal é aquela que nos faz sentir bem ou mal perante um grupo. Todo grupo tem suas regras, exigências, limites e leis morais. Lá é dito explícita ou implicitamente o que devemos ou não fazer, o que é permite ou não sentir e expressar.
Se sigo as regras do grupo sinto-me adequado, suprindo as expectativas e, portanto, continuo tendo o direito de pertencer ao grupo. Esse sentimento me leva a manter minha sensação de que sou inocente e não infringi nenhuma regra. É muito comum vermos nas famílias que uma pessoa é capaz de cometer verdadeiros desatinos para se sentir pertencendo a um grupo.
Conheço uma história de um rapaz que foi para a guerra e teve suas pernas amputadas. E por esse motivo foi dispensado do serviço militar e voltou para casa. Preferiu não contar o motivo de sua volta até ter a certeza de que sua mãe o pudesse ver pessoalmente. Pediu para que sua irmã o buscasse no aeroporto e lhe fez um pedido:
- Por favor, não conte nada a mamãe sobre minhas pernas. Chegue em casa e conte a história de um rapaz que aconteceu esse problema que tive – falou com lágrimas nos olhos – Gostaria de que sua compaixão com o rapaz a preparasse para o que vai ver quando eu chegar. Você conta essa história e me dá um sinal. Então eu entro!
A irmã compreendeu a preocupação com o coração já enfartado da mãe e atendeu seu pedido. O rapaz ficou com o ouvido atrás da porta. No meio da história a mãe interrompeu o relato da filha e conclamou a Deus “se algo assim acontece ao meu filho, eu morro de desgosto!”. Não foi preciso o sinal da irmã. Ouviu-se um barulho do lado de fora da casa. “Um rojão!”, pensaram. Não era, mas sim um disparo do filho piedoso contra si mesmo que tirara a vida de um jovem para poupar a desdita da mãe.
Essa história com final trágico sinaliza que nem sempre uma sensação de inocência nos conduz a uma verdadeira “boa ação”. Ele seguiu as regras, poupou a mãe em sua consciência e partiu com a sensação de estar fazendo a coisa certa.
A consciência coletiva é aquela que garante o pertencimento de todos os membros do grupo. Como dissemos no segundo artigo sobre as leis do amor, todos tem o igual direito de pertencer.
Essa consciência tem algumas características.
Totalidade: não importa o que a pessoa tenha feito individualmente ela continua pertencendo ao grupo familiar. Tenha ela transgredido uma lei ou fazendo algo vergonhoso diante do grupo essa consciência coletiva não permite que ninguém seja excluído. Se isso acontece é sob pena de que outro membro familiar assuma o destino daquele membro excluído.
Para além da morte: ninguém diminui ou perde o direito de pertencer porque morreu. Isso inclui crianças abortadas ou natimortas, os avós, pessoas assassinadas ou que se suicidaram.
Para além da expiação: apesar de não trazer nenhuma solução baseada no amor o indivíduo acredita que se sofrer algo parecido com alguém que sofreu antes dele ou por causa dele irá voltar a ter uma boa consciência. No entanto, esse tipo de sofrimento compensatório não reabilita ninguém perante a consciência coletiva.
Para além da vingança: quando uma pessoa é excluída do grupo familiar por ser condenada moralmente a consciência coletiva busca sua reinclusão. Desta forma algum membro da família que não tem culpa pessoal acaba sofrendo o destino daquele que foi excluído como uma vingança. Mas ela tem um alívio momentâneo que não resulta em nada até que a pessoa esquecida seja reconhecida.
Hierarquia: já comentei sobre essa característica no terceiro artigo dessa série.
A consciência espiritual é uma dimensão mais ampla de entendimento que só surgiu para Bert Hellinger nos anos recentes. Ele notou que essa consciência supera os limites das demais consciências para além do bem e do mal e do pertencimento e da exclusão.
Ela atende a um movimento do Espírito (não no sentido espiritualista de alma individual) que é algo que movimento tudo de maneira criativa e transcende nossos desejos e interesses pessoais. Quando estamos em sintonia com esse movimento do Espírito sentimos uma calma estranha. É uma compaixão desapegada (aparentemente fria) como a de um cirurgião que não se detém pelo medo do paciente e, a contra-gosto, intervém e cura.
Ao mesmo tempo que cura esse movimento aceita a realidade como ela é. Inclusive os destinos mais trágicos e dolorosos. Em essência esses movimentos unem o que antes estava separado, mas não por uma necessidade cega de um amor romântico. Esses movimentos do Espírito até parecem um pouco desumanos se olhados superficialmente. Mas sob um olhar cuidadoso pode-se perceber a magnitude e a sensação de verdadeira abertura espiritual para a vida que o Espírito criativo proporciona.
Em sintonia com essa verdadeira consciência encerro esses artigos com o seguinte pensamento do poeta alemão (muito citado por Bert) Rainer Maria Rilke “Isto é de forma básica a única coragem exigida de nós: ter coragem para o mais estranho, mais singular e mais inexplicável que possamos encontrar.”

A FAMÍLIA- FÁBRICA DE TUDO!!!



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segunda-feira, 1 de abril de 2013


 "O Poder da Aceitação"



     Sempre que surge em nós alguma emoção negativa, estresse ou qualquer tipo de desconforto emocional, é um sinal de que, em algum nível, entramos em um processo de não aceitação da realidade. Situações acontecem e reagimos internamente contra a realidade nos causando sofrimento. Os pensamentos de não aceitação são os mais diversos. Alguns desses pensamentos falam sobre coisas que estão acontecendo no presente momento e outros focam em situações já passadas: eu não deveria ter feito isso; fulano deveria ter falado comigo de outro forma; as pessoas deveriam se comportar de tal maneira; eu deveria ter feito outra coisa e não fiz; o mundo deveria ser mais justo; eu não aceito o que aconteceu comigo; não suporto o jeito de falar de fulano (pensamento que deixa implícito que fulano deveria ser de outra forma); o avião não deveria estar atrasado etc.. Imediatamente ao entrarmos em conflito com a realidade, surge desconforto. Ditamos internamente como a realidade e as pessoas deveriam ser. Mas elas são sempre do jeito que são, e não há pensamento no mundo dentro de nós que possa mudar a realidade do jeito que ela está se apresentando naquele momento, ou o que já passou. Uma das formas mais comuns de não aceitação da realidade é o hábito de reclamar. Existem pessoas que reclamam continuamente de tudo o que acontece e que não se encaixa com o ideal imaginário que ela criou. Reclamam do trânsito, da fila, do atraso, do salário, das atitudes de alguém, e até do clima, o que as deixam eternamente estressadas e insatisfeitas. Existe uma crença que está profundamente enraizada no inconsciente coletivo que diz que se nós aceitarmos as coisas como elas são, não vamos fazer nada e assim tudo ficará do jeito que está. Essa crença deixa implícito que nós só vamos agir se ficarmos infelizes e estressados, o que ajuda a alimentar o estado de não aceitação. O que acontece é que a maioria das pessoas continua reclamando, gerando muito desconforto para si e para a coletividade, e não toma providências práticas para melhorar a realidade. Será que é possível entrar em um estado de aceitação e agir mesmo assim para mudar algo? Sim, é claro que é possível. Aceitação é diferente de acomodação. Aceitação é apenas o fim da guerra interna com a realidade; o fim da ditadura interior que diz que a realidade deveria ser de outra forma enquanto ela é do jeito que é, nos causando apenas estresse. A acomodação acontece quando podemos fazer algo e não fazemos. Podemos aceitar a realidade, ou seja, deixar de ficar brigando internamente com ela, já que isso não ajuda e apenas nos causa desconforto, e ao mesmo tempo fazermos o melhor que pudermos para tornar a realidade mais prazerosa. A acomodação é sempre um reflexo de medos, inseguranças e processos de autossabotagem se manifestando em alguém. Não faz sentido poder fazer alguma coisa e simplesmente não fazer. Um ser humano em perfeito equilíbrio emocional consegue aceitar em paz a realidade e ao mesmo age da melhor forma que puder se tiver algo que possa ser melhorado com sua ajuda. Se você faz um pedido ao garçom e ele traz a comida errada, é possível simplesmente aceitar o erro que ele cometeu (e assim não se sentirá estressado) e ao mesmo tempo pedir pra que ele traga o prato correto. Uma pessoa acomodada sente medo, preguiça, vergonha e acaba não tomando a providência necessária. Já a pessoa que está no modo da não aceitação, toma a providência, mas acaba gerando muito desconforto para si mesma. Conforme todos nós sabemos, o estresse afeta a nossa saúde emocional e física, gera tensões no corpo e diversas outras somatizações. A ação que vem de uma pessoa em um estado de aceitação é mais eficiente pois está livre de qualquer negatividade. Assim não há exageros, dramas ou distorções. É uma ação lúcida, que vem de alguém que sabe lidar bem com a realidade. Os melhores diplomatas, negociadores e conciliadores são pessoas que não ficam brigando internamente com a outra parte, eles aceitam e fazem o melhor possível e assim conseguem resultados muitas vezes surpreendentes. Mas em muitos casos, não há nada realmente a fazer. Reclamar do trânsito, por exemplo, não o fará ir mais rápido. Nesses casos a única coisa sensata a se fazer é entrar no estado interior da aceitação. O mesmo é válido para qualquer fato que tenha acontecido no passado. Toda a negatividade que criamos em torno da não aceitação, além de gerar estresse, ajuda a atrair mais situações desagradáveis. Atraímos para a nossa realidade aquilo que estamos sentido, e se nosso estado interior é de desconforto, mais situações desagradáveis surgem. O estado de não aceitação faz ainda a nossa mente ficar focada nas coisas negativas da vida, consumindo nossa atenção que poderia estar direcionada para coisas boas ou para criar soluções e transformar a realidade. Talvez você já tenha passado pela seguinte experiência. Ao se desapegar de um determinado problema que você tentou de várias formas resolver e não conseguiu, surge uma solução sem que seja preciso a sua intervenção ou que exija apenas uma ação bem simples. O desapego faz parte do estado de aceitação. Quando aplicamos PSYCH-K (método simples e direto para mudar crenças autolimitantes no nível subconsciente da mente), removemos os sentimentos desconfortáveis que surgem ao pensarmos em situações do passado. Nesse estado de paz interior nossa sabedoria aumenta e sabemos de uma forma intuitiva se é possível agir, e caso seja possível, a melhor ação a ser tomada....